domingo, 17 de abril de 2011

O FRUTO DO ESPÍRITO É GERADO NO CRENTE


O FRUTO DO ESPÍRITO É GERADO NO CRENTE
*Graça Varíssimo Dias

Existem pessoas que mesmo não sendo crentes são pacientes, amáveis, boas, éticas, decentes, honestas, honradas, amigáveis, etc. São pessoas cheias de qualidades, qualidades estas obtidas através de seus próprios esforços por alguma razão, e não porque realmente sejam boas por natureza.

Afinal, já é do nosso conhecimento que o ser humano por si mesmo nada tem de bom. É a própria palavra de Deus que nos ensina sobre isto.  Mas do ponto de vista humano, social, familiar ou religioso, é recomendável que nós tenhamos certas qualidades para sermos aceitos no grupo o qual fazemos parte.

Por isso tem tantas pessoas que mesmo sem serem cheias do Espírito Santo, produzem boas obras, como as que foram citadas. Só que estas obras, apesar de serem boas, não caracterizam o Fruto do Espírito. O fruto do Espírito, somente é produzido através da habitação do Espírito Santo na vida do crente.

Infelizmente o que Paulo chama de fruto do Espírito, não mora em nós de forma natural. Por exemplo, diante de uma situação desagradável o que se manifesta em nós naturalmente, é a ira e não a amabilidade, a paciência ou a mansidão, ou seja, são as obras da carne que se manifestam de forma natural em nós e não o fruto do Espírito.

Antes de Paulo citar a lista das virtudes do fruto do Espírito, ele cita uma lista que chama de obras da carne. Vejam em Gl 5:19-21.
O homem carnal não é dominado pelo Espírito de Deus, mas pelo seu “eu” que o torna egocêntrico, exibindo uma vida cheia de coisas que não procedem de Deus, como vimos na lista que Paulo nos apresentou.

Já quem se deixa dominar pelo Espírito de Deus, tem as verdadeiras virtudes cristãs e exibe uma vida com as mesmas características do caráter de Cristo, o qual só poderá produzir quem O seguir. Assim, o Fruto do espírito será o resultado de uma vida convertida e em comunhão com Deus.
     
Infelizmente muitos crentes não se preocupam em produzir o Fruto do Espírito. Estão mais preocupados em correrem atrás dos dons do Espírito, esquecendo que o fruto do Espírito é a prova mais evidente que Deus trabalha em nossa vida. O fruto de uma vida transformada é um grande Testemunho para a glória de Deus. 

A Igreja de Corinto era um exemplo de que “DONS” não são sinônimos de espiritualidade, de uma vida cheia do Espírito Santo de Deus.  Paulo disse que não faltava nenhum dom a essa Igreja, mas ao mesmo tempo ele a acusou de ser carnal e de não ter crescimento Espiritual.

Observem que nem todos os cristãos possuem o dom da profecia, nem todos tem palavra de sabedoria ou de conhecimento, etc. Mas todo cristão autêntico tem que produzir o fruto do Espírito.

Jesus não disse, pelos seus dons os reconhecerão, mas Ele disse em Mateus 7:20, “Pelos seus frutos os reconhecerão.” Não que os dons não sejam importantes, claro que são, pois servem para a edificação da Igreja, tem um propósito determinado por Deus e são também distribuídos pelo mesmo Espírito que produz o fruto em nós.

Mas, Paulo considera o Fruto do Espírito superior aos dons espirituais. Vejam em 1Co 13.
Viram como Paulo considera o Fruto do Espírito superior aos dons?

São várias as passagens bíblicas, que indicam que existe uma variedade de dons, mas um só Espírito. Por isso muitos estudiosos dizem que não é bíblico chamar Frutos do Espírito no plural.

Realmente vimos em Gálatas 5:22, que Paulo não menciona: “os frutos do espírito são” ... ele não menciona no plural.

Ele diz no singular: “O fruto do Espírito é o Amor...” e segue com mais outras oito virtudes que são apenas facetas repetitivas em manifestações  diferentes, porque o AMOR já está englobando todas as outras virtudes. Assim, segundo o teólogo americano, Moody, a caracterização do AMOR é encontrada em todas as outras virtudes da seguinte forma:
- A alegria é o amor exultante;
- A paz é  o amor em repouso;
- A paciência é o amor que não se cansa;
- A amabilidade é o amor que suporta;
- A bondade é o amor em ação;
- A fidelidade é o amor no campo de batalha;
- A mansidão é o amor disciplinado;
- O domínio próprio é o amor em treinamento.

Como vimos todas as virtudes seguintes, se resumem numa só: O AMOR, que por mais que nos esforcemos, jamais poderemos fabricá-lo, pois não existem estratégias ou métodos que nos façam sentir Amor pelo próximo. O AMOR provém do Espírito Santo de Deus, não provém de nós.
Portanto, se não houver comunhão com Deus não pode haver AMOR.

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